A Secretaria Nacional de Juventude do PT
repudia publicamente o golpe de estado protagonizado pelo parlamento do
Paraguai, que usurpou o mandato do presidente democraticamente eleito
daquele país.
Prestamos nossa solidariedade especialmente a todos os jovens
paraguaios, receosos de vermos nosso vizinho retornar aos tempos de
exceção que massacraram de forma mais cruel a juventude organizada nos
movimentos sociais. Longe que qualquer alarmismo, preocupa-nos o fato de
a justificativa do golpe de estado ter sido o que se chamou de
“leniência” ao tratar de conflitos sociais. A história mostra que o
discurso e o expediente usados pelos parlamentares paraguaios no dia 22
deste mês podem ser a senha para anos de desrespeito às liberdades
democráticas e aos direitos humanos.
A manobra dos partidos conservadores, aliados a elite econômica e aos
latifundiários do país, ao arrepio de todos os princípios legais de
direito pleno de defesa e do contraditório trazem ao século XXI ecos de
tempos sombrios da América Latina. A ruptura brusca das regras
democráticas é uma afronta grave não só a sociedade paraguaia, mas a
todos os países da região, que vive um período histórico de estabilidade
e democracia. Por tal razão nos unimos aos jovens paraguaios, bem como a
todos os jovens latino-americanos de esquerda, na defesa da democracia,
da legalidade e da liberdade!
Quase sempre, golpes foram desferidos contra a mínima tentativa de
reduzir desigualdades e ampliar a participação social. Na década de
2000, governos democraticamente eleitos lideraram transformações sociais
e democráticas que tornaram o continente econômica e politicamente
respeitado diante do mundo.
Nós, jovens, não vivemos o terror, mas
sabemos o valor da liberdade, da esperança e da mudança promovida por
Lula/Dilma, Nestor/Cristina, Correa, Chávez, Ortega, Humalla,
Tabaré/Mujica, Evo e outros que seguem na luta. Chamamos a juventude
paraguaia a ir às ruas barrar o golpe da direita e a todos os jovens
petistas que, nas suas casas, redes sociais, escolas, universidades,
assentamentos e demais espaços de atuação, denunciem a ofensiva
latifundiária paraguaia, para que a derrota não passe à história com a
versão dos vencedores e a vitória se consolide pela força dos nossos
ideais casados às necessidades populares de “nuestra America”.
Executiva Nacional da JPT
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